domingo, março 01, 2009

PUBLICADOS AC ANOS 50/80

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7-1-1991

ANOS 50-ANOS 80

IDEIAS AC: PROVAS DOCUMENTAIS PUBLICADAS

 OS «MEUS» TEMAS
 AS «MINHAS» TESES
 LISTA DE INTUIÇÕES AC A REPESCAR
 QUASE TODOS PUBLICADOS
 TESES «LOUCAS» QUE CONTINUAM «VIRGENS»
 BOAS IDEIAS - COM ÍNDICES ACIMA DE *****
 ECOHERESIAS - AC -
 AUTOANTOLOGIA AC - SELECÇÃO DA SELECÇÃO


ANOS 50
7/Julho/1957 - A Escola em beleza - In « A Voz de Loulé»
-Carta de um Campónio para a Cidade - Em defesa da pátria local - Escute-se a voz dos indivíduos - Inédito de 1958
-Modernidade e História - Ensaio crítico sobre um livro de Natália Correia «Poesia de Arte e Realismo Poético» - In Revista «Ocidente», 16/Junho/1959
ANOS 60
25/Outubro/1963 - Hipnotismos - In « Diário do Alentejo»
-À margem do livro «Monsieur Gurdjieff», a ciência da civilização - In « Diário de Notícias», 29/8/1963
-A propósito do Kabuki - Para que se não perca a sabedoria que a ciência do Ocidente esqueceu - In jornal« República», 30/Outubro/1965
-Do fantástico surrealista à antecipação abjeccionista - In«República», 20/Março/1966
- 1967
-A dificuldade de ser jovem - In «República» , cortado pela censura, 13/Março/1967
-Um leitor na multidão - In « República», 24/Abril/1967
-Cooperam hoje os inimigos de ontem - In «República», 13/Julho/1967
-Inquieta o mundo o fogo que na América se ateia - In « República», 4/Agosto/1967
-A fé nas ideias - in « República», 14/Setembro/1967
-Para um diálogo sobre o «pequeno cinema» - In « República», 14/Setembro/1967
-O mundo em projecto - In «República», 18/Setembro/1967
-Enquanto é tempo - In «República», 18/Outubro/1967
-Na linha de Hipócrates a ciência médica progride - In «República», 28/Outubro/1967
-Os sobressaltos da carreira - In « República», 19/Dezembro/1967
-O filme «Camelot» - In «República», 26/Dezembro/1967
1968
-O mês das profecias - In « República», 2/Janeiro/1968
-As parcelas da soma - In « República», 11/Fevereiro/1968
-A história em movimento - In « República»,28/Outubro/1968
-O prémio Nobel da paz a René Cassin - In «República», 30/Outubro/1969
-Mercados para a gripe - In «República», 24/Dezembro/1968

ANOS 70
-Porque está atenta a indústria das distracções - In «Notícias da Amadora», página «Desenvolvimento», 31/Janeiro/1970
-Europa 2000 - In « Notícias da Beira», 10/Junho/1970
-A FAO contra a fome - In « Notícias da Beira», 28/Junho/1970
-Apóa os primeiros 10 anos a prospectiva acelera - In « Notícias da Beira» , 29/Junho/1970
-Empresas francesas financiam um novo grupo de investigação prospectiva - In «Notícias da Beira», 30/Junho/1970
-Luz verde pra a destruição - in « O Século», 22/Julho/1970
-Etapas para o Ano 2000 - Prémio Erasmo para o arquitecto Scharoun - In « O Século», 3/Agosto/1970
-Etapas para o ano 2000 - Relações humanas na cidade futura - In «O Século», 10/Agosto/1970
1971
-Raposa no espeto - In «República» («Jornal da Crítica»), 9/Janeiro/1971
-«A Criança e a Vida» - In « Notícias da Amadora», 9/Janeiro/1971
-Com o pé direito - 30/Janeiro/1971
-Júlio Roberto, O ITAU e a fome, esse lugar-comum, in « Notícias da Amadora», 6/Fevereiro/1971
-«Planète» e o pensamento planetário - In «O Século Ilustrado», 6/Fevereiro/1971
-O sismo da nova utopia - In « Notícias da Beira», 24/Fevereiro/1971
-Um esclarecimento de Eduardo Prado Coelho, in « Notícias da Amadora», In «Notícias da Amadora», 25/Fevereiro/1971
-Sobre Danilo Dolci - In « O Século Ilustrado», 6/Março/1971
-Contra a tecnocracia o livro «para uma contra cultura» - In « O Século Ilustrado», 27/Março/1971
-Uma sociedade (auto) marginal - Sobre o livro «O Universo dos Hippies» - In « O Século Ilustrado», 3/Abril/1971
-Pão caseiro, uma certa saudade - In « Diário do Alentejo», 5/Maio/1971
-Teilhard de Chardin - In «Notícias da Beira», 6/Julho/1971
-Revista «Actual» - In «Notícias da Beira», 28/Julho/1971
-Depois do apocalipse - In « O Século Ilustrado», 31/Julho/1971
-Discordar é loucura - In « Notícias da Amadora», 6/Agosto/1971
-Entre a catástrofe e a esperança - In «O Século Ilustrado», 7/Agosto/1971
-Adiando a morte - In «Notícias da Beira, 9/ Agosto/1971
-Cultura asfixiante - In « Notícias da Beira», 11/Agosto/1971
-O marialvismo de «Tempo Escandinavo» - In « Notícias da Amadora», 4/Setembro/1971
-A aposta europeia de Louis Armand - In « Diário do Alentejo», 6/Setembro/1971
-As (outras) ciências que a ciência desconhece - In « O Século Ilustrado», 18/Setembro/1971
-Europocentrismo e civilizações exógenas - In « Notícias da Beira», 24/Setembro/1971
-Equívoco da estética informacional - in «O Século Ilustrado», 2/Outubro/1971
In « Notícias da Beira», 15/Outubro/1971
-«O Futuro do Futuro» - In «Diário de Coimbra» (Sup «Juvenil»), 4/Novembro/1971
-Aos excelentíssimos fornecedores - In «Notícias da Amadora»,18/Dezembro/1971
1972
-Ou há moralidade ou comem todos - In « Notícias da Amadora», 8/Janeiro/1972
-O alarme da varíola - In «Notícias da Beira», 25/Maio/1972
-Electrodomésticos dão cá cada choque - In «Notícias da Amadora», 24/Junho/1972
-Margem Esquerda - Que infelicidade nascer chinês - In « Diário do Alentejo», 23/Setembro/1972
-Margem Esquerda - Mortes - In « Diário do Alentejo», 27/Setembro/1972
-A tomada do poder por Luís XIV - Um Problema de ecologia - In « A Capital», 9/Dezembro/1972
-As verdadeiras causas para lá dos suspeitos interesses - In « Diário do Alentejo», 20/Dezembro/1972
1973
-Progresso e Meio Ambiente - In «Diário do Alentejo», 9/Fevereiro/1973
-Peão em Lisboa - In « O Século Ilustrado», 11/Agosto/1973

1974
-Defender a vida, entre católicos e esquerdistas - in «Diário do Alentejo», 5/Fevereiro/1974 - *****
-Figo Maduro - In « O Século Ilustrado», 9/Fevereiro/1974
-Política mais barata - In colecção «Mini-ecologia» nº 7 , 30/3/1974
-Tribunal ecológico para delitos contra o ambiente, in colecção «Mini-Ecologia», nº 4
-Não à neutralidade tecnológica - In «O Raio», 28/Junho/1974
-Homem & Ambiente - Água - até quando? - In « Diário do Sul», 29/Junho/1974
-Pedreira italiana - In «O Século Ilustrado», 10/Agosto/1974

-A esperteza (saloia?) dos tecnocratas - Contra o neomaltusianismo de alguns ecologistas - In « Diário do Alentejo», 28/Agosto/1974
-Da natureza romântica à natureza ecológica - Prefácio AC ao livro de Michelet, Novembro/1974
1975
-Nós, os fósseis de amanhã - Considerações sobre Ivan Illich - In «Encontro», Fevereiro/1975
-O movimento ecológico na revolução educativa e cultural - 8 temas para um ecomilitante, 2/Maio/1975
-Ecologia e revolução, in « O Século», 5/Junho/1975
1976
-Estratégia ecológica contra centrais nucleares - In «Expresso», 3/Abril/1976
1977
-Envenenado com mercúrio o mito amarelo das laranjas, inédito de 1977 (?)
-O deserto avança em duas frentes - ou o que as reuniões da ONU nunca dirão - In «Telex», 6/Abril/1977
-Professor denuncia situação de causa-efeito - eua desviam furacões - mexicanos sofrem de seca
1978
-Amazónia - último pulmão verde da terra - In « A Capital», CPT, 4/Julho/1978
-Crise de energia ou crise de imaginação - 20 questões indiscretas - In «Página Um», 3/Março/1978
-Da esquerda à esquerda - Onde está o país deste país - In « Página Um», 17/Março/1978
-Autosuficiência implica soluções ecológicas e uma ciência do meio concreto (não abstracta) - In «A Capital», 15/Julho/1978
-Carta de Portugal à humanidade vítima do genocídio sísmico-nuclear, in colecção «100 dias» ? Ou in « A Capital»? - 18/10/1978
1979
-Política de consumos e moral económica - In « A Capital», 19/Abril/1979
-Cidade-Cancro - In «Arteopinião» - Abril/1979
-Dilema português - Soluções há muitas - Dinheiro é que não - In « Diário Popular», 23/Abril/1979
-Descentralização e ecodesenvolvimento - In « Diário Popular», 1/Junho/1979
-As vítimas do progresso urbano - In « Diário Popular», 10/Agosto/1979
-Nós, cobaias - até quando? - In colecção « », Agosto/1979
-O chumbo que respiramos - In « A Capital», 8/Setembro/1979
-Um planeta chamado Necroterioville - In « A Capital», 20/Setembro/1979
-Petróleo ou Oceano? - In «Madeira Hoje»,21/Setembro/1979
-A angústia será desestabilizadora? - In «A Capital», 10/Outubro/1979
-Se o desemprego não existisse, teria que ser inventado - In « A Capital», 20/Outubro/1979
-Nova ordem mundial? - In « A Capital», 27/Outubro/1979
-O charme discreto do café - In «Portugal Hoje», 8/Novembro/1979
-A angústia será desestabilizadora? - In « A Capital», 10/Novembro/1979
ANOS 80
1980
-Nem só de medicina vive o homem - In « A Capital», 20/Janeiro/1980
-A que horas começa a guerra nuclear? - In « A Capital», 9/Fevereiro/1980 - Protecção Civil - Apocalipses - Selecção CPT - Abrigos de Pequim, os melhores do Mundo - O nosso luminoso futuro de toupeiras - A que horas vai a guerra rebentar? - Os «virtuosos» do crime - São o fim do mundo
-As outras olimpíadas - In « A Capital», 22/Março/1980 (?) - Com as estatísticas nos enganam - Morte rodoviária ainda dá lucros - Lagarto verde estraga prestígio de Barnard - As mães que tomavam brometo - O mistério das manchas vermelhas
-Há estudos desde há trinta anos mas não se tomam medidas - «Alto risco» no ar respirado pelo lisboeta - In « Portugal Hoje», 11/Maio/1980
-Portugal não receia concorrência da CEE na protecção contra acidentes com indústrias perigosas - In « Portugal Hoje», 17/Maio/1980
-Será sempre o consumidor a pagar as despesas antipoluição- In «Portugal Hoje», 18/Maio/1980

-Ciência humorística e alterações climáticas - In « A Capital», 30/Agosto/1980
-Alerta contra as «doenças da civilização», in «Portugal Hoje», 13/Dezembro/1980
-Nem só de trabalho vive o homem - In rádio, 1980
1981
-Será difícil adivinhar o que vai ser a década de 80? - In «Região de Leiria», 20/Março/1981
-Ecologia - Luta do Povo - In, «Voz do Povo», «A Capital», «Diário de Coimbra», 21/Março/1981
-Trabalho e Ecologia - in « Come e Cala», 31/Julho/1981
-Dosciplinar o consumo - In « A Capital», 1/Agosto/1981
-O maior laboratório experimental do mundo - In «Diário de Notícias», 6/Agosto/1981 - Índice de novidade:*****
-Neoescravatura - Os ignorados porões da história, In « », 9/Setembro/1981
-Manipula o teu próximo - In «A Capital», 10/Outubro/1981
-No dia a que chamou de alimentação, a FAO lembra: « Há 36 anos a combater a foma, a humanidade tem cada vez menos alimentos», in «Portugal Hoje», 18/Outubro/1981
1982
-Silêncio sobre a Polónia - Os que a história (não) vai emudecendo - In « A Voz da Amadora», 5/Fevereiro/1982
-Depois do Apocalipse - In « A Capital», 13/Fevereiro/1982 - Sobre a saída vertical ou mística - Ref. a yin-yang -
-Vegetarianos à força - In « A Capital», 17/Maio/1982
-Os satélites que nos espiam - In «A Capital», 29/Novembro/1982
1983
-Delitos: pequenos, médios e grandes - In « A Capital», 15/Janeiro/1983
-Moliço e jacinto de água: energia há muita, falta é vontade política, in «A Capital», 28/Fevereiro/1983
-Será a guerra nuclear a suprema expressão da luta de classes? - In « A Capital», 9/Julho/1983
-E a guerra sísmica? - Os travestis da paz - In «A Capital», 19/11/1983

1984
-Medicinas livres em movimento - In « A Capital»,21/Abril/1984
-As duas medicinas dão as mãos - In «A Capital», 25/Abril/1984
-Ecologia humana, ciência maldita - In «A Capital», CPT, 8/Setembro/1984
-Doenças da macrocefalia - Mais um caso de Ecologia Humana em Portugal - In « A Capital», 6/Outubro/1984
-Congestionamento da informação e estratégia intelectual, in « Jornal de Notícias», - O que é supérfluo e o que é fundamental para quem trabalha com as ideias e para quem vive de escrever, pensar, imaginar? Para quem vive contra o tempo num constante contra-relógio?
-O paranoico livro de João Bernardo - Exemplo a guardar com cuidado, como paradigma das parvoeiradas de pretensa e pseudo-esquerda atiradas sobre o que eles chamam «ecologismo» e que se repete nas parvoeiradas agora da direita como as que a revista «k
apa» bolsou sobre o mesmo nebuloso nome de «ecologia», «ecologismo» e outros eco-equivocos - Inédito de 1979
1985
-Teoria das Placas - A arte de assustar meio mundo - In «A Capital», 12/Janeiro/1985- Adrenalinas (conceito alargado) - Banalização do terror - As ameaças - A manipulação pelas ameaças - Bruxas e adivinhos
-A fome que fabricamos - In « A Capital», 19/Janeiro/1985 ew 26/Janeiro/1985
-Sinalização de segurança - In « A Capital», 4/Abril/1985
-Perigos do não alinhamento - Como descalçar a bota? - In « A Capital», 6/Abril/1985
-Reunião sobre produtos perigosos - In « A Capital», 12/Junho/1985
-Perversões modernas - A ideologia triunfante - In « A Capital», 13/Julho/1985
-Sais de bismuto provocam encefalopatias - In « A Capital», 22/Agosto/1985
-Prevenção alimentar do cancro - In « A Capital», 31/Outubro/1985

- Professores de saúde - reivindicação máxima do movimento holístico - cartaz «alternativa a la medicina: aprender a vivir

1986
-O mistério sísmico-nuclear - In «A Capital», 27/Setembro/1986
-Perigos da Informática - In « A Capital», 11/Outubro/1986■

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PROJECTO AC 1987

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[«Vida & Natureza» : «Know-how» holístico em terapias leves, inédito e confidencial ] 


EXISTE UMA «ÁREA UNIFICADA» POR IDENTIFICAR?
ACTIVIDADES EM PORTUGAL DO MUNDO HOLÍSTICO

Factos que justificam um projecto de miniagência informativa

[Este texto foi redigido com vista à agência Infoplus, a quem nunca foi entregue: permanece, portanto, inédito ]


1 - Resumindo alguns dos pontos principais do relatório que hoje se apresenta[à Infoplus], lembro algumas das oportunidades que se desenham para um serviço informativo que eventualmente se criasse na «área unificada» das «ecoalternativas» de vida para os anos 90:
[-Apoio de Imprensa ao Forum Holístico Internacional, que já realizou dois congressos em Lisboa e continuará, todos os anos, a repetir o acontecimento;
-Apoiar e desenvolver secções de jornal como «Guia do Consumidor», «Grupos em Movimento», «Desabafe Connosco», etc.]
-Apoiar e desenvolver iniciativas como a de um Clube do Livro Holístico, à semelhança daquele que se realiza em França intitulado «Club du Livre pour Mieux Vivre»
-etc

2 - A delimitação de uma «área unificada», com uma designação temática sificientemente expressiva e rigorosa para se generalizar e cair no «ouvido» do grande público, não é tarefa tão académica nem tão gratuita como pode parecer aos desatentos.
Tem, pelo contrário, uma incidência directa de importância comercial: e o estranho é que ainda não tivesse aparecido nenhuma publicação especializada nessa «área unificada», capaz de corresponder ao público potencial que a procura.
Vários ramos. de várias ciências e sectores da vida económica, vêm convergir nessa área que, a criar um interlocutor mediático, correspondente a um sector de público vasto e coerente, dominaria simultâneamente a publiciadde relativa às actividades económicas desse campo unificado.
[Transmitir esta informação parece-me a melhor prova da minha confiança e boa vontade para com a Infoplus e o meu amigo Carlos Pina.]
Eis, para já, 5 palavras (sinónimas) para designar a «área unificada» que referi:
-Qualidade de vida
-Holística
-Ecoalternativas de vida
-Underground
-Ecologia Humana

3 - Para exprimir o mundo de actividades, ideias e acontecimentos que, embora emergentes na sociedade actual, não têm ainda, do ponto de vista noticioso, a cobertura correspondente, outras expressões além de «underground» podem ser indicadas, servindo algumas para eventuais títulos de prováveis publicações na área:
-Diálogo Leste-Oeste
-Diálogo Oriente-Ocidente
-Diálogo Holístico
-Holística em Diálogo
-Viver Bem
-Vida Prática
-Conforto e Segurança
-Energias humanas
-O corpo é nosso
-Vença a fadiga
 
4 - «Mundo holístico» chamei eu, à falta de melhor palavra, àquele campo (unificado) de actividades e acontecimentos que, embora importantes à escala mundial como área de actualidade noticiosa, permanece praticamente omisso dos «media» em Portugal, onde praticamente não se dá qualquer cobertura informativa aos acontecinmentos que se relacionam e têm como centro o «universo» individual e humano: 
-Segurança do utente e consumidor
-Direitos do Peão
-Profilaxia da Saúde (em vez do combate médico à doença)
-Direitos da personalidade
-Ecologia humana
-Técnicas apropriadas
-Comportamento
-Alternativas práticas de sobrevivência ao apocalipse tecnoindustrial
-Movimentos cívicos e sociais
-Grupos de luta ambientalista
etc
[Foram completamente infrutíferas as tentativas que fiz junto de organismos do Estado para criar uma pequena estrutura de redacção que funcionasse como «mini-agência» noticiosa para a «área holística», até agora «underground»: este título, aliás, chegou a ser sugerido para um provável boletim noticioso semanal.]
[O Instituto Nacional de Defesa do Consumidor e, mais recentemente, o Instituto Nacional do Ambiente (INAMB) foram dois dos organismos contactados: o primeiro respondeu negativamente à proposta que fiz, há cerca de quatro anos, quando iniciei n« A Capital», duas páginas semanais de «Guia do Consumidor»; o segundo nem respondeu, nem sequer achou interessante dar continuidasde a uma secção que, durante seis meses, mantive semanalmente a pulso no jornal « A Capital», intitulada «Grupos em Movimento», com notícias de 1ª mão sobre actividades dos grupos ambientalistas e outros.]
[Destas diligências, salvou-se a página n« A Capital», intitulada «Guia do Consumidor», que se publica todas as semanas desde 15 de Março de 1984 e que me tenho visto em apuros para aguentar, já que nenhuma estrutura de redacção consegui para apoiar a sua elaboração.]

5 - Existem, em arquivo, duas centanas de endereços relativos a organismos, revistas, jornais, escolas, grupos, clínicas que, em vários países que funcionam em vários países e que se indicam por ordem alfabética:
Alemanha Federal
Austrália
Canadá
Espanha
Estados Unidos
França
Grã Bretanha
Grécia
Holanda
Índia
Itália
Japão
México
Porto Rico
Sri Lanka
Suiça
O Brasil merece atenção especial, pois só ele regista mais de uma centena de endereços interessantes em todas as actividades ditas holísticas.
[Em 1986, na qualidade de jornalista interessado em questões ecoalternativas, contactei por carta-circular dezenas desses «pontos holísticos» e as respostas choveram, sem que, mais uma vez, tivessa havido hipótese de aproveitar e canalisar todo esse material informativo.

6 -[ Entre Maio de 1985 e Novembro de 1987, coordenei a redacção da revista «Saúde Actual, onde também não me foi dado sequer um redactor de apoio para a elaboração de notícias em 1ª mão sobre o abundante material, nacional e internacional, à disposição.
Mais uma vez se górou a possibilidade de pôr a girar a pequena máquina dita «mini-agência» de informação e de fornecer, através dela, noticiário regular, diversificado e em 1ª mão das actividades ditas holísticas e ambientalistas.]
Material de arquivo, servindo de apoio de rectaguarda (e eventual base a um banco de dados futuro...) à projectada mini-agência de informação holística ou ecoalternativa, tem estado várias vezes em risco de perder-se, por não ter alojamento onde armazenenar estantes metálicas, ficheiros, recortes, livros, revistas, jornais, fotos, gravuras, mapas, esquemas, que compõem esse material de arquivo...para uma mini-agência noticiosa que ainda não há...
Presentemente, o que resta desse material está de novo em risco de se perder, já que acabou a cedência de uma sala feita pelo PPM (renda de 15 mil escudos mensais) e na qual (sala) o material tem estado arquivado desde Junho de 1987.
Durante esse tempo foi possível realizar uma exposição documental (25 painéis) sobre os «15 anos do movimento ecologista», inaugurada no Forum Picoas, no encerramento do Ano Europeu do Ambiente, com a presença do Secretário de Estado do Ambiente e Recursos Naturais, e à qual - curiosamente - não compareceu um único orgão da chamada Comunicação Social, nos cinco dias que a exposição durou, ou se compareceu não houve praticamente uma única notícia. 
[Será que o nome de Afonso Cautela, acidentalmente ligado ao referido empreendimento, é assim tão malquisto, para que toda a Comunicação Social fizesse gazeta e até greve ( a inauguração da exposição coincidiu providencialmente com 48 horas de greve da redacção da Lusa...)]
6 - A interdisciplinaridade dos problemas ligados  à saúde e segurança do cidadão é teoricamente reconhecida mas nunca foi posta em prática. Uma revista ou agência noticiosa na área da saúde e segurança, poderia ser o lugar possível para pôr em prática essa interdisciplinaridade ou essa multiplicidade de disciplinas que convergem na saúde e segurança do consumidor. Podemos evidenciar essa multidisciplinaridade lembrando, por exemplo, o número de rsvistas afins que se publicam,  das quais, para já, e antes de uma lista exaustiva, se indicam algumas a título exemplificativo:
-«Prevenção no Trabalho» (boletim da DGHST)
-«Revista Portuguesa de Medicina do Trabalho»
-«Segurança»
-«Fogo e Técnica»
-«Interfarma»
-«Boletim
-«Boletim do Centro de Informação de Medicamentos»
-«Informar» (INDC)
-«Proteste» 

7 - Ao inaugurar, em 15 de Março de 1984, a página semanal «Guia do Consumidor», no diário «A Capital», referia-se a necessidade de «criar e arejar novos canais de intercomunicação entre consumidor «stritu sensu» ou o cidadão em geral e os serviços que devem atendê-lo»
Se este objectivo da página nunca foi inteiramente satisfeito por falta de meios postos à disposição do coodenador, o propósito continua vigente e o tempo apenas tem confirmado a sua cada vez maior necessidade.
[Para quando um «pivot» que sirva de intercomunicador informativo entre os cidadãos e os serviços do qual ele depende?
Transcreve-se a seguir o que se dizia nessa nota d« A Capital».]

8 - Na perspectiva da «informação ao consumidor», os efeitos adversos dos medicamentos e outras enfermidades iatrogénicas» constituem um capítulo suficientemente vasto e complexo para merecer tratamento pormenorizado.
É mesmo de estranhar que não tenha sido criado um «banco de dados» numa área onde esses dados são milhares e qualquer deles com interesse para o consumidor, visto que é ele o principal destinatário, o principal objecto da produção medicamentosa e médica em geral.
Se a informação ao consumidor só muito rara, superficial e esporadicamente aborda o campo da iatrogénese, deve-se o facto,  por um lado, à retracção das fontes que podem dar essa informação e, por outro, à pressão do poder farmacêutico sobre as instituições em geral e os «mass media» em particular, de modo a minimizar os aspectos negativos dos medicamentos.
A provar a importância informativa deste capítulo - a Iatrogénese- apresentam-se algumas obras de fundo que o analisam sistematica e exaustivanmente:
-«Reacciones adversas de los Medicamentos y enfermedades yatrogénicas»
-«Dictionnaire Critique des Médicaments»
-«Nocividad de los Antibióticos»
-«Les Effets Indésirables des Médicaments»
No campo da reflexão filosófica, cita-se a obra clássica de Ivan Illich, que apareceu em língua portuguesa com o título «Limites para a Medicina» (Editora Sá da Costa)
É de notar que, em área tão polémica e bombástica como esta, a «informação ao consumidor» não tem que tomar partido na polémica pois, como toda a informação, é de noticiar factos e apenas factos que se trata.

9 - Como se pode ver pelo anúncio publicado n« A Capital», por ocasião do II Congresso Holístico de Saúde, cerca de 50 firmas participaram na II Feira Nacional de Produtos Naturais ali efectuada.
Este número parece significativo da importância relativa que as «artes holísticas de curar», à margem da medicina, começam a ter, independentemente do fenómeno que está ainda para surgir: a invasão que se prevê de terapeutas holísticos, de países europeus, em 1993, ao abrigo do mercado único.
Até lá é previsível que a tendência desta área de consumos seja para aumentar e, consequentemente, as motivações que vão dar notícia e o público a procurá-las.

10 - O número de médicos participantes no I Festival de Vida Natural realizado no Forum Picoas, em Lisboa, de 13 a 15 de Novembro de 1987, comprova que muitos são já os médicos abertos às alternativas naturais, sem medo de se apresentar em público a defender opções pouco ortodoxas para a Ordem dos Médicos.
A entidade que promoveu este festival, Associação Portuguesa de Alimentação Racional e Dietética, é por sua vez significativa da importância industrial e comercial que este sector assume na chamada vida económica do País.
[Nas fotocópias que a seguir ilustram o que aqui se afirma, figura uma lista das empresas participantes na feira que se efectuou paralelamente ao festival.]

11 [texto provavelmente de 1987 metido um bocado a martelo neste relatório?] - Embora latente e dispersa em algumas publicações, a íntima e profunda conexão entre «saúde» e «segurança» dos cidadãos, apesar de tão óbvia não foi ainda consciencializada como vector fundamental de qualquer política de saúde, já que se considera utopia a sociedade alternativa que vem a desenhar-se na mente dos profetas e ecologistas, onde essa relação será de perfeita e completa identidade. Uma coisa é a outra. 
Este é, no entanto, o momento de evidenciar evidências, de mostrar o óbvio, quando há poderes e entidades interessados, como dizem os brasileiros, em tapar o sol com uma peneira.
Para evidenciar o óbvio, ou para mostrar as evidências, nada melhor do que um projecto editorial estruturado nessa linha de realismo e bom senso que exemplifique, na prática, o que em teoria muitos se recusam olhar e ver.
O fenómeno que se tem vindo a passar em Portugal, no âmbito das publicações ditas ecologistas, é verdadeiramente desastroso e lamentável, devido exactamente a essa miopia mental que ataca tão boa gente.
Uma a uma, as publicações entram em falência, ainda que potencialmente se julgue haver (e há realmente) um mercado para essas ideias e essa movimentação de ideias.
Porque falham, então?
A meu ver, por estrabismo ideológico e por falta de senso das evidências e de bom senso, ou seja, realismo.
A meu ver a falta de profissionalismo ( o amadorismo no pior sentido do termo), a falta de realismo [e a falta de coordenação entre todos os serviços que intervêm numa publicação], pode explicar esse sistemático fracasso: isto, se não quisermos ir para aquele tipo de explicação que, explicando tudo, nada explica afinal e que é a crise e o facto de estarmos em Portugal.
Ora este fracasso sistemático é duplamente deplorável: não só porque, por um lado, leva os promotores, uma vez falidos, a cenas de histerismo verdadeiramente patéticas e eventualmente chocantes, procurando bodes expiatórios no primeiro cidadão ou jornalista que topem no horizonte; mas porque, por outro lado, muitas falências acumuladas em uma área tão acusada de utópica pelos inimigos, dá armas à reacção e pode levar a comprometer a ideia que aí se joga.
Mais uma vez e sempre por falta de realismo.
É tempo de os fazedores de revists ecologistas se submeterem ao mínimo de regras de jogo que uma publicação impressa hoje exige e a experiência ensina.
A ecologia aos ecologistas e os jornais aos jornalistas. É tempo de dar o seu a seu dono.
[ Não caberia na cabeça de ninguém que, por exemplo, o jornalista entrasse no consultório do senhor doutor, médico em medicina e se sentasse à sua secretária atendendo os pacientes doentes... No entanto, muita gente está sempre entrando pelo consultório do jornalista dentro e ainda refilam.

 - [ este texto alusivo a um outro de 1985, poderá ser colocado no fim da prosa ou onde fique mais adequado] -[«Segredo de Polichinelo» chamava eu ao projecto de uma mini-agência noticiosa, para a qual me desafiou um primo que eu tenho e que é capitalista abastado.
Como continua actual a nota indicativa que então escrevi, descrevendo afinal a «simplicidade» do projecto (e daí ser ele um verdadeiro ovo de Colombo), merece a pena reproduzi-la aqui.]

12 - Quem desce as escadas de acesso ao restaurante da Cooperativa Espiral, na Praça da Ilha do Faial, 14-A, em Lisboa, verifica que a parede se encontra totalmente forrada de notícias sobre cursos de ioga, congressos de agricultura biológica e de medicinas naturais, colóquios sobre budismo e astrologia, cursos de acupunctura para médicos, consultórios de homeopatia, tratamentos por Oligoterapia, etc.
Este autêntico «jornal de parede» revela que uma relativamente importante área de actividades «underground» têm que recorrer à comunicação parietal (ou mural, como na Revolução Cultural da China), na falta de um órgão intercomunicador que veicule esse noticiário.
A secção de Livraria, no referido restaurante Espiral, apresenta um naipe de temas que é certamente único - pela coerência das matérias integradas - no mercado livreiro português.
Isto a que chamamos «área unificada» ainda por definir não será já um sector amplo de público que consome temas e títulos como os que aí se apresentam, mas que essa livraria exista com as características que tem é, pelo menos, revelador de um interesse em expansão por assuntos ainda mal pressentidos pela  maioria.
Esta livraria movimenta todos os dias importantes somas, o seu stock renova-se constantemente e a tendência é, sem dúvida, para a expansão e o crescimento de um público a que, à falta de melhor, chamaríamos também «underground».
[Vale a pena, por isso, lembrar as áreas temáticas em que esta livraria se encontra classificada e que confluem na inevitável designação de «holística».]

13 - A realização, em Brasília, do I Congresso Holístico Internacional, de 26 a 29 de Março de 1987, encorajou mais um projecto que chegou a ser delineado com o título «Actualidade Holística - Notícias do Mundo Ecologista/ Ano Europeu do Ambiente».
Uma fotocópia do «fac-simile» que se projectou como primeiro número dessa «actualidade holística» resta como a única realidade de mais um projecto que ficou perdido.

14 - Divulgada através do jornal «Ecologia em Diálogo», na Primavera de 1982, a Agência de Informação Ecológica anunciava os seus objectivos «a médio e longo prazo» em 10 pontos, revelando que desejava manter as melhores relações com jornais, serrviços, projectos, organismos, grupos e associações que prosseguem idênticos objectivos de independência e alternativa aos monopólios culturais e informativos vigentes.»
Esta Agência de Informação Ecológica (AIE) era ainda apontada como pivot de um projecto mais vasto e ambicioso, a Rede Alternativa de Intercâmbio Informativo, sobre a qual, na altura, foram igualmente divulgados, em pormenor, os parâmetros de composição e funcionamento.
Um folheto de papel amarelo com centena e meia de exemplares de tiragem foi igualmente divulgado, em Março de 1982, sobre a referida Agência de Informação Ecológica, que se dizia em «fase experimental» e se definia também como «serviço noticioso da actualidade ecologista para órgãos de informação que o solicitem.»
A rubrica «Grupos em Movimento», retomada, anos mais tarde, em 1986, no jornal «A Capital», aparecia pela primeira vez em prática no próprio jornal «Ecologia em Diálogo», que se fazia assim o primeiro cliente e utilizador da referida Agência de Informação Ecológica.
Sublinhava-se, na altura, que as notícias de «Grupos em Movimento», fornecidas pela AIE, eram em «primeira mão», como seria de esperar de uma agência ainda que mini e de carácer artesanal...

15 - A companhia de seguros «Europeia», depois de apoiar, em meados de 1985, a realização em Lisboa do Congresso de Medicinas Naturais, mostrou-se interessada em apoiar outras iniciativas que dessem background às modalidades de apólices que, na área da saúde, aquela companhia tinha interesse em promover.
Face a esta abertura, foi planeada uma «revista mensal de actualidades terapêuticas», com o patrocínio da «Europeia», uma revista que - conforme se dizia no projecto -«embora modesta restitua às terapêuticas paralelas a imagem de dignidade e rigor científico que recentes acontecimentos abalaram.»
Aludia-se, no projecto, a um «tema forte que, em cada número da revista, estaria relacionado com um aspecto do já hoje vasto mercado da Naturoterapia.»
Sugeria ainda o projecto a elaboração simultânea de um «boletim noticioso» quinzenal para a Imprensa, em papel timbrado da Europeia e com o subtítulo «noticiário patrocinado pela Europeia».
Sugeria-se também a hipótese de uma «página semanal num jornal diário, página que aproveitaria o noticiário do referido boletim».
Note-se que, na altura, o semanário «Tempo» começou a publicar um suplemento, em princípio mensal, de terapêuticas alternativas, explorando fundamentalmente a publicidade do ramo.
Publicavam-se em Portugal, na altura, 4 revistas ditas «naturistas» (desgnação infeliz mas generalizada) más ou muito más e com pouco público, vendendo-se também uma brasileira - «Saúde» - formato selecções.
É esta praticamente a única que continua a aparecer nos escaparates, ficando demonstrado, mais uma vez, que há público mas que só uma revista brasileira consegue servir esse público... 

16 - «Guia de Vida Alternativa» é o título do livro publicado no Rio de Janeiro, em 1987, em 1ª edição, reconhecendo, com um título aliás feliz, a existência da «área unificada» de que se tem vindo a falar neste relatório.
Subintitulado «uma síntese dos métodoa alternativos usados no Brasil mostrando as práticas e seus devidos endereços», o livro corresponde às necessidades de um público consumidor sui-generis e confirma um mercado também sui-generis.
Na Primavera de 1985, fora publicado um livro de 450 páginas, um «guia alternativo para auto-suficiência e consciência planetária», denominado «Almanaque pés descalços», designação evocativa dos médicos tradicionais chineses, e igualmente reveladora de uma área, de um público e de uma gama de necessidades informativas.
Em 1983, um grupo do Porto propunha-se organizar o «Portu-Guia», o livro do Portugal alternativo», projecto que não teve concretização editorial.
Em França, é conhecido o «Annuaire Vert», definido na respectiva publicidade que é feita em revistas francesas como «fonte preciosa de indicações para o particular, que encontrará ali endereços de: restaurantes, pensões vegetarianas, pousadas rurais, lojas especializadas em França, Suiça, Bélgica, Luxemburgo, agricultura biológica, ervanárias, medicinas doces (estágios, seminários, cursos), desporto e saúde.»
Diz ainda a publicidade que o «Anuário é útil para «produtores, fabricantes, distribuidores, grossistas, importadores, retalhistas, ervanários, farmacêuticos, etc.
[Quando propuz a uma conhecida editora portuguesa a realização de um «anuário» idêntico para Portugal, com base em material que tenho vindo coleccionando, com esse objectivo, respondeu-me a editora: «gostaríamos que nos fossem facultados mais elementos que nos permitam analisá-la».]

AGÊNCIA NOTICIOSA ECOALTERNATIVA
FONTES NOTICIOSAS POR EXPLORAR

16 - Conforme se pode ver no boletim da Direcção Geral de Higiene e Segurança no Trabalho, publicação mensal de distribuição gratuita mas de circulação em meios muito restritos, são numerosas as actividades « de interesse humano» que se desenrolam em áreas como:
-Resíduos perigosos
-Cancro ocupacional
-Toxicologia
-Higiene industrial
-Vibrações nos postos de trabalho
-Epidemiologia dos riscos em meio profissional
-etc.
Mais nenhuma publicação em Portugal dá nota detalhada ou sequer genérica dos acontecimentos e manifestações que, apesar de tudo e apesar de a medicina não ter interesse nenhum nisso, nem sequer na sua «medicina do trabalho», se verificam na área designada de «higiene e segurança do trabalho».
A Segurança em outras áreas da vida quotidiana é igualmente matéria omissa das habituais fontes noticiosas, o que leva a pensar numa área «inexplorada» (para não dizer tabu ou proibida) como matéria de actualidade, área que integre a mais vasta designação de Saúde Pública e Ecologia Humana.
A provar que á área de «segurança» (individual e social) não está inactiva, estão por exemplo as 10 páginas que a rubrica «seguros» ocupa na Lista Telefónica Nacional (Páginas Amarelas) 88/89, com centenas de nomes de companhias seguradoras...
Companhias a quem o tema da segurança, haja ou não catástrofe no Chiado, importa sempre agitar, nem que seja com falsos alarmes...

17 - Outras fontes informativas internacionais em plena actividade se podem assinalar na sequência do que se disse para o CIDOC.
A Fundação internacional para Alternativas ao Desenvolvimento, por exemplo, com sede em Nyon (Suiça) publica, de dois em dois meses, o boletim «IFDA dossier» que, além de «Notícias do Terceiro Mundo», informa ainda sobre «espaço regional» e «espaço global» nas matérias de que se ocupa.
[Se se quisesse impressionar pela quantidade como argumento de peso para convencer a [Infoplus] a especializar a área do «ecodesenvolvimento» e das «ecoalternativas» (a que também já se chamou «arquipélago convivial») bastaria mostrar a lista de endereços que, por ordem alfabética do nome das organizações, o dossier da Fundação Internacional para Alternativas ao Desenvolvimento (IFDA) apresenta nos seus últimos números de 1988.]
[Parece-nos bastante significativa essa lista que a seguir se reproduz em fotocópia:]

18 - Fonte internacional de notícias sobre ecologia política e social, é o boletim «Univerte» publicado regularmente pela rede europeia de ecologistas designada «ecoropa».
Com sede em Genebra e actualmente organizado por Andréa Finger, Matthias Finger e Nanik de Rougemont, o boletim «Univerte» fornece informações de interesse público sobre as actividades que, em diversos países da Europa, exercem os elementos seus delegados.
[Listas com nomes desses delegados juntam-se em anexo em fotocópia ]





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INÉDITOS AC 1989-90

1-2 -3584 bytes-ineditos

- chave ac
- datas ac
- títulos ac

[4-12-1991]

AFONSO CAUTELA:CHAVE PARA 1989-1990
- Inéditos ac - 1989 e 1990
- Referências avulsas(não sistemáticas) de textos em diário 1989-90:

1989
- 1/5/1989 - Eu esquizo
- 9/5/1989 - Eu idiota - As ideias não registam patente
- 10/5/1989 - Eu esquizo
- 17/5/1989 - A psicose do Cerco - Reforma AC - Eu esquizo
- 21/5/1989 - Carta a CFML - Aos hedonistas e beatos
- 28/5/1989 - Eu precursor - Eu militante
- 30/5/1989 - O papel da Escola no branqueamento das ideologias
- 2/6/1989 - Diário ac 89
- 2/6/1989 - A Chatice proverbial de ser português
- 3/6/1989 - Diário das Sevícias - Eu esquizo
- 7/6/1989 - Tianamen (Junho 1989) in «diário ac»
- 8/6/1989 - Diário AC
- 20/8/1989 - Cenas do Quotidiano Português
- 26/8/1989 - Contrastes terceiro-mundistas (O Naufrágio do Tamisa)
- 29/8/1989 - Eu jornalista - Diário AC 89 para «memórias do poço»
- 1/10/1989 - Carta autobiográfica a António Quadros (6 pgs A4)
- 6/10/1989 - Ecos - Sindroma Sísmico-Nuclear
- 7/10/1989 - File de computador - 11.975 caracteres - A função psicopolítica da ficção romanesca
- 8/11/1989 - Carta ao leitor Fernando Manuel Martins da Silva s/ artigos sobre cancro publicados por ac
1990
- 19/1/1990 - Escândalos pré-fabricados
- 29/1/1990 - 1ª carta autobiográfica a CFML (5 pgs A4)
- 15/3/1990 - No Fio da Transgressão - s/ «L'Immoraliste», de André Gide
- 10/4/1990 -
- 21/4/1990 - Comunicação no Palácio Foz - Inventário da Abjecção em Portugal - Lista negra - Cancros crónicos do País - # «Notícias da Clandestinidade» (9 pgs A4)
- 23/6/1990 - Diário ac - files de computador - carta a João Lopes sobre Troia(filme «kindergarten») que não enviei
- 7/7/1990 - O caso clínico das ciências humanas (sociologia e psiquiatria, nomeadamente) – a propósito de Mishima, «Confissões de uma Máscara»
- 9/7/1990 - «Todo o burro come palha ...» - Os intelectuais de Esquerda e a SIDA
- 20/7/1990 - Texto *** - «O Umbigo do Mundo» - s/ «Pantagruel», de Rabelais
- 21/7/1990 - Novos hábitos alimentares - Inventário AC
- 27/7/1990 - Carta a Pires da Silva sobre «Medicina Holística» - 10 pontos básicos de um projecto editorial
- 27/7/1990 - Diário ac - Carta a João Vaz

TÍTULOS DE 1989 SEM DATAS PRECISAS
Eu escriba

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IDEIAS AC 1965-75

1-6-ineditos-ac-mg =if= inéditos favoritos domingo, 15 de Setembro de 2002
ac - antecipações - eh - dm - 10880 bytes -ec-humª


CHAVE PARA AC 1964: 
A ECOLOGIA HUMANA EM 1964 ? (*)
 
 INTUIÇÕES DE ECOLOGIA HUMANA
- NARRATIVA FABULOSA
- INVENTÁRIO AC
- CONCEITOS ALARGADOS
- LINHAS DE INVESTIGAÇÃO AC

«Diz-me o que comes -- em sentido lato -- e dir-te-ei quem és...»

Em 1964, já AC procurava o «sentido lato» (conceito alargado) e portanto a metáfora do «ar que se respira», sendo claro ao seu espírito que o «ar que se respira» é também o ideológico, o mitológico, o industrial, o químico, o físico.
Poucos anos depois, viria o sentido lato da expressão «o que comemos» e, portanto, o sentido lato da palavra «alimentos».
Mais tarde, encontraria, emocionado, em Simone Weil, a confirmação desta intuição do conceito alargado (ou plural) de alimento/alimentos.
E o inventário surgia, espontâneo, como o processo literário de dar a soma/ ou o somatório dos diversos factores ou «parcelas da soma».

[INÉDITO PARA TECLAR DESPONTUADO E/OU TEXTO ABERTO]

Nem só os físicos atómicos e a sua herança contribuíram para definir a espécie de ar que hoje se respira e, por maioria de razão, se há-de respirar amanhã.
Nem só as poeiras radioactivas
nem só a poluição do ar atmosférico pelas explosões termo-nucleares em testes na atmosfera
Nem só a água do mar onde caem bombas perdidas (as que se sabe e as que não se sabe) de onde são ou não são retiradas
Nem só o clima de histeria internacional criado pela corrida aos armamentos
Outros factores e ingredientes o constituem: a propaganda em torno das mitologias ou ideologias políticas, a demagogia pró-paz, os jornais, as agências, a rádio e a televisão
Outros factores e ingredientes o constituem: a atmosfera de industrialização maciça; a superpopulação e o isolamento dos indivíduos em unidades fechadas;
o ruído difuso que corrói, o ruído directo que lacera; o incremento de objectos domésticos e electro-domésticos, a alienação intelectual e afectiva a esses objectos; o espaço fechado dos arranha-céus;
a desproporção entre o indivíduo e os espaços monstruosos edificados nunca a pensar nele; a respiração física e moral dentro de ambientes viciados; o tédio intrínseco às super-organizações e respectivas hierarquias; a velocidade;
a agressividade do trânsito automóvel sobrepondo-se ao peão, ferindo, golpeando, empurrando; a devassa da vida privada, a que procedem as polícias;
as devassas à intimidade do domicílio (livros, roupas, papéis, gavetas, etc.) com pretexto em trabalhos de investigação; a censura oficial de actos, palavras, escritos, a chantagem e a delacção, os interrogatórios e a lavagem ao cérebro, os tribunais e as câmaras de tortura;
a espionagem e a contra-espionagem, não só ao nível das relações internacionais -- deteriorando na origem qualquer hipótese de convívio ou diálogo entre países -- mas ao nível das relações individuais, no trato quotidiano e profissional
a pena de morte efectiva ou a pena de morte disfarçada de funcionalismo médio ao serviço do capital financeiro e do Estado;
os investimentos financeiros postos ao serviço do armamento e retirados à bolsa do contribuinte que, além desse, esportulará mais o imposto de sangue e quantos impostos a cadência inflacionária de todos os regimes lhe impõe;
Mas nem só, nem só estes «pequenos nadas» constituem a paisagem que rodeia, modela e determina o indivíduo;
os valores, os chamados valores que filósofos fabricam nas universidades, discursam nas academias, inserem nas revistas da especialidade; as chamadas controvérsias ou colóquios de Genebra; as chamadas doutrinas ou teorias, ou humanismos, são ainda e também o habitat do homem civilizado.
Arterioesclerose, depressão nervosa, cancro, alcoolismo, intoxicação pelas drogas medicamentosas ou alucinogénicas, suicídio, acidentes de viação, acidentes de aviação, criminalidade -- parecem ser os surtos endémicos protagonistas da comédia humana nesta fase da História.
Agredido, bombardeado, atacado pelo «ar que se respira», posto à prova nas suas defesas, na sua resistência e no seu poder de superação, as doenças epidémicas são apenas a única forma que resta aos indivíduos de reagir e sobreviver: doente, mas sobrevivente.
As drogas ou «paraísos artificiais» já não chegam para atenuar a dor de existir em tal tempo e mundo; álcool, morfina, cocaína, LSD, tranquilizantes, narcóticos, já não chegam para atenuar a morte; por isso adoece, que é a única forma de estar vivo numa civilização doente de morte.


9184 caracteres de inéditos escritos em 1963/1964 e que foram redigidos sob clara influência de algumas leituras.
Nestes textos paira a influência de leituras como:
- Simone Weil, «As Doenças da Alma», in «l'Enracinement»
- Mesmer, «O Magnetismo Animal»
- Karen Horney, «A Personalidade Neurótica do Nosso Tempo»
- Louis Pauwels, «Monsieur Gurdjieff»
- Aldous Huxley, «As Portas da Percepção»
- Erich Fromm, «A Sobrevivência da Humanidade»
- Voltaire, «Cândido ou o Optimismo»
+
ac - ele - perfil - 11.449 caracteres

INTERFACES DA ECOLOGIA HUMANA:

1 -DIVERSIDADE CULTURAL
2 -SAÚDE
3 -ECONOMIA
4 -DIREITOS HUMANOS

10 ANOS PARA AMADURECER (?)1962-1972: AC EM PUBLICADOS DURANTE OS ANOS 1972-74
1972
Datam de 1972 alguns dos artigos publicados que foram marcantes na «descoberta» de intuições (de Ecologia Humana) ainda hoje, vinte anos depois, por validar ou invalidar. São as chamadas «teses impopulares», que me parece estar condenado a levar por toda a vida como uma cruz e que talvez nunca saiba se valeram ou não a pena. Quer dizer, se efectivamente tinha razão em defendê-las, sozinho, contra tudo e contra todos. É costume dar sentenças fáceis, aconselhando cada um a manter-se fiel às suas próprias convicções, neste caso às suas próprias intuições.
Outro aspecto a sublinhar é que essas intuições vão radicar -- vão encontrar raízes -- numa intuição central, surgida (EM 1962?) após a experiência surrealista e existencialista e a que, para facilitar, tenho chamado «perspectiva de escala». desde a perspectiva do animal à do extraterrestre, do louco ao toxicodependente, do pobre ao hipermilionário, desde a cultura aborígene dos maias ao modus vivendi de uma Europa medieval; cada «behavior» condicionado pelo meio, acho que foi sempre o centro à volta do qual girei, como um pião doido, pois a relatividade das culturas (das «perspectivas de escala») é um redemoínho anti-dogmático, capaz de consumir quem nele aposte ou se meta.
Mas haverá ciências humanas sem esta perspectiva de escala?, pergunto eu ao investigador de ciências humanas Carlos Filipe Marreiros da Luz.
1963
Quando publiquei alguns artigos, em 1972, impulsionado por esta intuição básica, nuclear, chave, deixava para trás muitos inéditos, que, desde 1963, falavam de idênticas obsessões. É de 1963, o ensaio «A experiência subterrânea - Poesia como Sinónimo de Iniciação», assinalando a influência esmagadora que tivera sobre mim a leitura desse texto imenso de algumas páginas que é «A Voz Subterrânea», de Dostoiewski.
Acho que foi este escritor eslavo o responsável pelas minhas manias ecologistas, apenas explícitas dez anos mais tarde. Também de 1963 (Abril), são vários inéditos sobre surrealismo e, como intuição básica, o ensaio(só muito parcialmente publicado) «Os Equívocos do equívoco neo-realista». [«Neo-realismo» era o eufemismo de que então se serviam alguns clandestinos como eu para designar o gulag nas artes e nas letras.]

1963
Creio que é também de 1963 (como se o meu ritmo fosse de 10 em 10 anos!) um outro texto-chave das (minhas) intuições, a que chamei «Definição do Homem Obsceno».
Curiosamente, acaba de ser publicado pela editora Hiena, em 1991, o ensaio de Henry Miller, que na altura me bateu forte e me levou a escrever essas 19 páginas A4, rigorosamente inéditas até hoje. É de notar apenas que a palavra «obsceno» tem continuado a servir para tudo, menos para designar aquilo que, filosoficamente, Henry Miller e eu significámos... Como se 19 pgs A4 fosse pouco, existe ainda um outro ensaio (rigorosamente inédito), intitulado «Acção Obscena e Reacção Literária» .
Também de 1963 -- como ano a que hoje chamaria «compact», pelo concentrado de produção que originou - , há um outro longo ensaio, inédito até hoje, inspirado na leitura absorvente (do niilismo) de Samuel Beckett, «Exercício dialéctico -- Entre a política da metafísica e a metafísica da política».
Parcialmente publicado (creio que no «Jornal de Notícias», suplemento literário) é também de 1963 (ano de oiro ou ano da desgraça?) «A Voz Trágica», escrito, creio eu, sob a influência quase demoníaca de Nietszche, cuj «A Origem da Tragédia» foi para mim também uma tragédia, pela forma como me bateu forte na cabeça. Ou antes, em todo o ser e não só no intelecto. Quando falo de experiência existencial -- ou de «aventura surrealista», ou de «homem obsceno» -- é isso que também quero dizer.

VOLTANDO A 1972-73
1972
São de 1972, as 12 pgs A4 sobre «O Dr. José Castro ou a Juventude do Naturismo», «compact disc» das minhas intuições sobre a interface «Saúde» da Ecologia (expressão que data, se bem me lembro, desse tempo). Enviado para a «Gazeta do Sul», é de confirmar se terá sido publicado neste semanário do Montijo ou se terá vindo a inserir-se, por iniciativa do Dr. Rocha Barbosa, director desse semanário, no livro «Ecologia e Medicina» por ele produzido e editado.
Dez anos depois destes pontos vitais, creio que me aplicava mais terra a terra ao concreto, deixando na prateleira os escritores e todo o seu veneno letal. Chama-se «Contributo à Revolução Ecológica», um livro publicado em condições bastante curiosas -- impresso e composto em Coimbra, por influência do meu compadre Matos-Cruz --: foi um bico de obra conseguir tirá-lo de lá, pois os tipógrafos resolveram achar que o texto não era suficientemente revolucionário . Mais um episódio deste calvário , foi este do meu livro «Contributo à Revolução Ecológica», cujo exagero do título está de acordo com os tempos de exagero que então se viviam.
É só para dizer que nesse livro se encontram impressas algumas intuições que me gabo de ter tido e que até hoje não vi ...confirmadas nem desmentidas. Cito, por exemplo, títulos como: «Generalizando Conceitos para compreender certos preconceitos» (10/7/1972), «Melhorar o Mal - Primores do Reformismo» (12/7/1972), «Desprezo pela qualidade da existência» (19/8/1972).
Insólito e nunca visto é, por exemplo, o que aparece dito nesse livro em 19/4/1972, sobre os organismos especializados da ONU, nomeadamente FAO e OMs.
Aparece publicado no «Diário do Alentejo» (o jornal que mais aberto se mostrou às teses esquisitas), um artigo de 5 pgs A4, «Aspectos esquecidos pela Campanha Internacional contra a Poluição». Irá aparecer em livro incluído em «Ecologia e Medicina», um texto carregado de maus presságios (intuições...), « Tristes recordações de um Dia Mundial» (10 pgs A4), escrito no Dia Mundial do Ambiente, 5 de Junho.
Nesse texto, abordava-se o tema ainda hoje tabu da medicina preventiva confundida com «vacinas». Data de alguns dias antes -- 28/5/1973 --, o texto mais virulento sobre vacinas -- posteriormente aparecido em colecção «Textos de Apoio» -- que se intitulava «A Cada um o seu sarampo e a vacina para todos». Para o bem e para o mal, continuo a achar que esse texto -- longo de 21 pgs A4 --, essa tese e essa intuição, continua intocável. E que é um ponto-chave da alavanca na subversão do sistema.
Já em 1973, o Dia Mundial do Ambiente ficaria novamente assinalado com um texto de 10 pgs A4, ainda mais subversivo, «As Cobaias do Barreiro e a Agonia de um Método», em jeito de carta dirigida ao Prof. Delgado Domingos, que já então dava troco a alguns ecologistas fanáticos como eu. Mereceu inclusive uma carta dele, que devo guardar, creio, nos lotes (atados) «Cronologia», na respectiva data.
São de 1973, na maioria, os textos que viriam a sair publicados no livro «Ecologia e Medicina», onde me defendi, conforme pude, acolhendo-me sob a autoridade do Dr. Rocha Barbosa e do Alain Bosquet (André Gorz). Tema fulcral entre outros que nunca mais vi abordado nem sequer por ecologistas, é o das «Doenças do Consumo», que consome várias páginas das 33 A4 de tão longo e polémico ensaio.
São também de 1973, textos incluídos no livro «Contributo» e que constituem um «pesado contributo» à subversão que na altura parecia possível efectivar: «Um Problema de Lixo» (22/4/1973), 3 pgs A4 e «Contra a demagogia das Poluições», a noção de ecosfera no centro da unidade dialéctica», 5 pgs A4, em que se inclui uma citação de Barry Commoner, um dos ideólogos do movimento mais esquecidos e que, anos mais tarde, viria a fundar, sem êxito, o Partido dos Cidadãos nos EUA.
A vertente ou interface «económica» da ecologia aparece em força também em 1973, com o ensaio dos ensaios (um «compact disc» da «minha música») que é «Depois do Petróleo, o Dilúvio - Ecologia e Dialéctica da Crise», publicado -- e portanto esmagado -- em pleno Abril de 1974. Depois disso -- receio bem... -- não fiz mais do que me repetir.
1974
São 19 pgs A4, o ensaio «Tribunal Ecológico para delitos Contra o Ambiente: Tarefa de Hoje para os Que vierem amanhã», «compact disc» da vertente ou interface «direitos humanos» da ecologia, vertente que os ecologistas completamente omitiram, no pensamento e na prática. Uma intuição, publicada in col «Mini-ecologia» nº 4. que caiu também e portanto em cesto roto.
São de 1974, as 18 pgs A4, publicadas no livro «As Feiticeiras», «compact disc» de uma intuição sobre uma interface da ecologia, a das «culturas arcaicas». Destruí, creio, o último original dactilografado, pelo que resta apenas o texto publicado no livro da editora Afrodite
São 17 pgs A4 o «Manual Prático de Resistência Passiva & Acção Quotidiana, pacífica, não violenta, escrito em 25 de Janeiro de 1974 e publicado, posteriormente ao 25 de Abril, em colecção «Mini-Ecologia», nº 2.
Na sequência desta, outras intuições do movimento ecologista (não confirmadas nem desmentidas até hoje...) aparecem em textos, tais como:
-«A Ecologia é uma fase evoluída da marcha histórica» 15/2/1974, (in «Contributo»?), 3 pgs A4
- «O Paraíso dos Gadgets ou Algumas histórias da tecnologia boa - Pedagogia do Consumidor», 15/4/1974, 27 pgs A4
- «Cristóvão Colombo no meio de Chacais - Crítica da Ciência Sofística», 4 pgs A4, in colecção «Mini-ecologia», nº 9
- «A Luta contra o Obscurantismo passa pela imaginação criadora», 7 pgs A4, 12/8/1974, in «Diário de Lisboa», 12/8/1974
- «Emancipar o Consumidor, desinstitucionalizar os serviços», 23/11/1974, 9 pgs A4, in colecção «Mini-Ecologia»?

TEXTOS CONJUNTURAIS E CIRCUNSTANCIAIS - 1974-1975

[«Breve Experiência da Liberdade - Intervenção Cívica do Jornalista», 4 publicados de 1974]
- «Em legítima Defesa do Jogo democrático», in «Diário de Lisboa», 31/7/1974, 5 pgs A4
- «Mobilizar Capacidades - Descolonizar o Povo», in «Diário do Alentejo, 12/7/1974
- «Os Arrivistas do Proletariado», in «Diário do Alentejo», 27/7/1974, 2 pgs A4
- «Brigadas de Boa Vontade - Aproveitar já todos os recursos humanos», 10 pgs A4, in «Diário do Alentejo», 3/10/1974
- «Organizados em Movimento Unitário - Trabalhadores intelectuais repudiam pluralismo que integre forças contra-revolucionárias e apoiam poder popular» , in «O Século», 7/10/1975, 2 pgs A4
- «Que partido escolher?», in «Diário do Alentejo», 16/9/1974, 1 pg A
1975
- «Com o MFA: Contra os alarmismos apocalípticos de certa imprensa estrangeira (e nem só)» , in «Diário do Alentejo», 13/2/1975, 2 pgs A4
Talvez inédito e com certeza insólito surge um texto de 16/7/1975, 11 pgs A4, «Manifesto Contra a Liberdade -- Eu Anarquista me Confesso admirador da ordem e da disciplina pela ditadura da Natureza»
[ Com este título, de certeza que não o publiquei em parte nenhuma, nem sequer nos cadernos da clandestinidade que foram as edições «Frente ecológica»
- Na mesma onda, juntam-se mais 5 pgs A4, onde aludo à assembleia do MFA. Penso que posso datar daí -- 25/7/1975 -- os primeiros confrontos com a «censura pós 25 de Abril»
- Há um título de arrumação, aliás, «Os Censurados de Abril -- 11 impublicados de 1974 e 1975», suficientemente explicativo para necessitar mais comentários

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