segunda-feira, março 11, 2013

ANTONIN ARTAUD: NA BIBLIOTECA AC

Escrito por gatodasletras 

17/07/2005
 Por ser o texto mais antigo e, ao mesmo tempo, o mais curto, é o que transcrevo hoje, remetendo para os meus arquivos de manuscritos, dactil-manuscritos e prints de files word
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Porto, 1959

# Leituras: «Origem da Tragédia» e «O Teatro e o Seu Duplo»
# Intuições AC *****
# Forum dos Aflitos ( voz do Actor)
# Para Ficcões AC
# Teatro de la Basoche (vd artigo Dezembro 1959)

Pelo trágico passam apenas linhas rectas, que são a mais curta distância entre dois pontos.
O trágico (poesia em acção) é a metamorfose do humano para o transumano, do físico para o metafísico, do natural para o sobrenatural, ponte entre o consciente e o inconsciente, o sacro e o profano, a vida e a morte.
O trágico é a voz de quando já não há palavras ou há apenas palavras.
O trágico, poesia de aproximação, entre actor e espectador, entre os espectadores, entre os idiomas, entre as antinomias, entre as distâncias da terra, entre os tempos da história, o trágico reintegra o mundo a desintegrar-se.
O trágico, primeira força mítica de um tempo sem mitos ou de mitos crus e álgidos, degenerados, une o coração do homem ao coração da divindade, o coração das pátrias ao coração do universo.
Em todos os pontos da terra, nas linhas de fractura e combate, linhas tortas por onde o poeta escreve direito, nas cavernas-refúgio da nova religião [?], grupos de teatro preparam, no quotidiano, a reabilitação do eterno; preparam, queimando-se, a massa ardente de uma mitogonia nova [?] fundam, reconstituindo-a nas pedras e tábuas de um palco, a primitiva «fons vitae» do homem.
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TRISTE RETROSPECTIVA : ANTONIN ARTAUD

17/07/2005 
 Trouxe ontem da feira dos alfarrabistas (Largo de S. Carlos) mais um exemplar da edição de «O Teatro e o Seu Duplo», com prefácio de Urbano Tavares Rodrigues, edição Minotauro, infelizmente sem data.
Significa que guardo poucos títulos de um autor de que cheguei a ter as obras completas, creio que da Gallimard. Tristezas das retrospectivas.






São apenas três os títulos que a Biblioteca do Gato ainda guarda:
1.Antonin Artaud – Van Gogh o Suicida da Sociedade – Hiena Editora – Trad. de Aníbal Fernandes

2.Antonin Artaud – Em Plena Noite ou o Bluff Surrealista
3. Antonin Artaud – O Teatro e o Seu Duplo – Trad. de Fiama Hasse Pais Brandão – Prefácio de Urbano Tavares Rodrigues – Ed. Minotauro

Para compensar a tristeza dos poucos livros que ainda guardo, indico os files que, no meu computador, referem o nome de Artaud, incluindo um longo poema que escrevi e que vai assinalado com  cinco estrelas (*****) :

03-03-21
61-03-24*
 

Podem ser consultados nos meus arquivos de manuscritos, dactil-manuscritos e prints de files word.

Mas o que eu quero mesmo que seja lembrado  é o longo poema «diário de antonin artaud no hospício de rodez», de que saiu um fragmento nos cadernos «alfa», Nº 1, a convite do Fernando J.B.Martinho, que ainda há semanas encontrei e que me deu o endereço de e-mail.
O nome do file diz da data em que foi escrito:
61-03-24

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